Foto: Josiane Maciel (diretora do Jornal da Várzea, Bebeto, Renato Póvoa, diretor de Negócios e o jornalista JulianoSilva.
JV - Bebeto, quanto tempo de carreira?
B - Quarenta e cinco anos. Faz trinta e nove anos que eu gravei o primeiro disco, já são trinta e nove discos, mais seis anos que eu trabalhei na noite.
JV - Como é que é a emoção quando as pessoas te chamam de rei do samba rock?
B - Isso aconteceu normalmente porque nos anos setenta não se tocava musica popular brasileira no radio era só americana, e o pessoal de São Paulo sempre dançava de moonwalk, e como a gente não falava em inglês o inglês era aquele “enrolado” aqueles que a gente aprende no ginásio, agente tocava samba na levada do rock, começou assim. A partir dai a gente começou a fazer musica dessa maneira, e assim começou o samba rock.
JV - E qual seu maior sucesso hoje Bebeto?
B - O sucesso que rolou legal assim foi Praia e Sol, porque foi mais diretamente com o público mesmo. E ficaram três anos, quatro anos nas paradas de sucesso.
JV - E teve algum momento da sua carreira que você pensou que o trabalho estava ruim
B - Claro, tanto que eu parei três anos de cantar.
JV - Por quê?
B - Por que eu estava chateado com um monte de coisas, com meu empresário com um monte de coisas, eu parei, e coincidentemente eu quebrei a perna, ai eu aproveitei e parei por três anos.
JV - E como é que você vê esses novos movimentos musicais, e a musica livre, o mp3 livre, a internet. Como é que é isso para o artista?
B - Isso é horrível, porque a gente é dono da musica, trabalha para gravar. Eu acho que tinha que ter uma maneira de cobrar esses recursos.
JV - Falando em tecnologia musical, de que forma o Bebeto avalia a pirataria?
O cantor que não estiver na pirataria hoje está perdido. Ninguém vai se lembrar dele, a música não toca no rádio, a gravadora não vai vender discos. Pelo menos assim (com pirataria) o cantor vai fazer shows.
JV - Como é o seu relacionamento com o Raul Gil?
B - Conheci o Raul há muitos anos atrás. É um cara que me deu uma baita força. É meu amigo.
Por: Josiane Maciel
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