História do COP
Princípios
Os Círculos Operários são uma associação de direito civil, possuidora de personalidade jurídica civil que está sujeita às leis comuns, não tendo personalidade jurídica canônica, pois oficialmente não faz parte da Igreja Católica. Os C.O. são associações constituídas de trabalhadores de qualquer profissão, sexo e religião, com idade superior a 14 anos. Por tanto mista e inter-profissional.
Essa é a exposição oficial do circulismo, que possui seis princípios básicos, que regem suas leis e atividades. Três desses princípios constam no ideário desde a fundação do COP: (1) a doutrina e moral do Evangelho de Cristo; (2) a orientação sociológica contida nas encíclicas Rerum Navarum e Quadrigesimo Anno; (3) repúdio à luta sistemática de classes.
Os demais princípios constam no Manual do Círculo Operário, obra editada em 1939, quando o movimento já estava organizado em nível nacional. Os princípios determinam: (4) o direito natural e sagrado da propriedade legitimamente adquirida, considerando, todavia, a riqueza como fundo social, devendo ser empregada para o bem da coletividade; (5) a necessidade de intervenção do Estado na questão social no sentido de regular o justo trabalho, a justa produção e o justo preço; (6) fórmula de Toniolo (sociólogo italiano de inspiração católica): “o trabalho cada vez mais dominante; a natureza cada vez mais dominada; o capital cada vez mais proporcionado”.
No Álbum dos Círculos Operários novamente são apresentados os princípios do movimento, excetuando a Fórmula de Toniolo, que é substituída pela colaboração com as organizações sociais congêneres. Como se percebe, a grande inspiração para o circulismo encontra-se efetivamente na doutrina social da Igreja, de tal forma que a primeira versão desses princípios básicos, formulada pelo COP, considerou desnecessário destacar o quarto e o quinto princípios já constantes nas encíclicas. Quanto à Formula de Toniolo, aparece desde a fundação do COP. O princípio apresentado somente no Álbum refere-se em verdade às entidades católicas, tais como a Ação Católica e a JOC, pois o circulismo jamais se relacionou bem com as demais entidades, inspiradas pelo socialismo, marxismo ou anarquismos.
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