Jornal da Várzea

Mais segurança em Pelotas

O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) é um setor da Prefeitura Municipal que atua em convênio direto com o Ministério da Justiça pelo Pronasci e via estado com o GGI Estadual através do Proeci. Com a finalidade multidisciplinar de organizar a segurança em cada município, o GGI vai receber as demandas das comunidades, verificar as informações e encaminhar aos órgãos responsáveis. “Ele será um órgão intermediador entre a comunidade e os diversos órgãos”, afirma coronel Valdoir Ribeiro superintendente de Segurança.

Conforme o coronel, a demora na instalação do Gabinete de Gestão Integrada em Pelotas se deve a estruturação do projeto. “Todos os caminhos de pré-instalação a gente adotou justamente para que a coisa seja feita dentro da lei, para que tenha eficácia, não perca a credibilidade e evite o desperdício de dinheiro público”, destaca o superintendente.

 A licitação da obra está pronta e a verba de 215 mil reais já foi liberada pelo Conselho Municipal de Saúde, através do Programa de Prevenção da Violência (PPV). O dinheiro será usado para a reforma do terceiro andar da Estação Rodoviária onde será instalado o GGIM e o PPV. Outras verbas já estão garantidas para o GGIM.

O Gabinete acredita que, no máximo até o fim de janeiro, estejam em operação 39 câmeras de convênios. Para o município de Pelotas estão previstas quatro bases comunitárias nas seguintes localidades: Duque de Caxias, Pestano, Navegantes II e trevo do Laranjal.

O problema da criminalidade

Para o Coronel, o problema da criminalidade tem início na falta de empregos, nos baixos salários e o mercado informal que obriga famílias inteiras a trabalhar e dedicar pouca atenção a educação das crianças. “É preciso convencer as crianças, com a autoridade familiar, que o mundo do bem não é o melhor para o momento, devido a todas as exigências que ele nos faz, mas é o melhor para o futuro”, fala Ribeiro.

Depois de mais 30 anos trabalhando na rua, o coronel afirma que é na rua onde se conhece as pessoas e suas reais necessidades. Para ele a solução para o fim, ou menos, a redução da violência terá inicio quando o Estado ouvir as necessidades da população.  “Essa é a importância de alguns programas como Primeira Infância Melhor, PPV, as lideranças de bairro, conversar com as pessoas, fazer pré-seleção sem dizer a finalidade, depois tu chegas já com o mapa pronto. Assim tu tens um retorno positivo”, afirma.