16 setembro 2011

Campeonato Colonial

Em 1993, foi criada a ACE, Associação Colonial de Esporte, depois que os colonos começaram a se sentir prejudicados porque a maior parte dos jogadores dos times da colônia eram da cidade. “No fim jogava mais o pessoal da cidade do que o homem do campo. Aquele que arrumava o campo, que o pai ajudava, preparava o salão e vinha o pessoal de fora e dançava”, conta o ex-diretor da Associação, José de Azevedo, o Gonga.
Sídio Simom, um dos fundadores da ACE, conta que o interesse deles era aproveitar o pessoal do campo, porque na outra Associação eles não tinham oportunidade.  “Eu sempre ajudei porque eu sempre quis ver a juventude participando do esporte”, conta Simom, que está envolvido com futebol desde 65 quando foi fundada a primeira Associação de futebol na colônia.
Hoje a ACE tem mais de 1 mil atletas e a principal exigência para a formação dos times é que o primeiro e o segundo time, titular e reserva, seja composto apenas por atletas vinculados a colônia. “Se ele trabalha na cidade e tem residência fixa na colônia ou o pai vive na colônia ele pode participar”, conta Simom.
Nos times veterano e sênior são liberadas algumas fixas para jogadores da cidade e entre eles se pode encontrar vários ex-jogadores profissionais. É o caso de Paulo Sérgio, de 45 anos, que hoje é jogador do Botafogo. Paulo jogou 17 anos por times profissionais entre eles Brasil de Pelotas, Juventude e Palmeiras e já está há 8 jogando pela colônia. 
Hoje, o futebol da colônia é considerado semi-profissional devido a grande preocupação em desenvolver uma atividade séria. “Dentro do campo acabou a amizade. Eu faço o meu trabalho e eles fazem o deles”, diz Carlos Henrique, o Magrão, que apita os jogos da colônia há 24 anos.

A paz no futebol

O campeonato da colônia é por muitos conhecido com um campeonato violento devido ao grande número de brigas que havia nos jogos. Para mudar essa situação foram impostas novas regras e houve até a criação de um troféu batizado como Troféu Disciplina, dado ao clube que tem menos cartão no geral do campeonato. “Se um atleta agredir um juiz fisicamente ele será eliminado. Ele não vai mais jogar na ACE. Em clube nenhum da ACE”, afirma Jair Kaster, atleta veterano do Michaela. 
Outra medida para conter os ânimos do pessoal é o afastamento do atleta de três a cinco jogos caso ele seja expulso. “O pessoal não quer dar espaço para outro porque se tu ficares cinco jogos fora vai dar tempo do novo jogador mostrar alguma coisa e se ele tiver um rendimento bom, tu vais ficar fora”, acrescenta Jair Kaster.


A competição

No domingo (11) aconteceu a última rodada da primeira fase do 1º turno do Campeonato Colonial. Essa primeira etapa, não eliminatória, é composta por cinco rodadas, com duas chaves, cada uma com seis times.
No próximo domingo terá início o 2º turno da competição. Serão mais cinco rodadas, onde quatro times, dois de cada chave, serão eliminados. Os times classificados irão disputar as 4º de final. Os jogos mata-mata, um em casa e outro fora, vão decidir os quatro times que disputarão as semi-finais. A final está prevista para o dia para o dia 27/11.
A cada domingo, são disputados, em cada campo, quatro jogos. Se enfrentam o time sênior, veteranos, reservas e titulares.

Chaves

Chave A
Michaela
Botafogo
Continental
Índio
São José
Centenário

Chave B
Barbuda
Copacabana
Arroio do Padre
Vila Nova
Boa Esperança
Cruzeiro

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